segunda-feira, maio 17, 2010

Vida bipolar

Entre a emoção e a razão, entre o lazer e o trabalho, entre o gosto e o não gosto. Entre o 'quero ficar e não posso' e entre o 'não quero mas tenho de ir', assim me sinto eu entre o Funchal e Lisboa, como um homem dividido entre a amante e a mulher. Mas como a vida não está para amantes, cá estou eu de volta a Lisboa, enquanto espero que o Funchal passe da minha cidade amante à cidade oficial.

sábado, fevereiro 27, 2010

Simplesmente Madeira

Dói olhar para as imagens do Funchal.
Dói ouvir os relatos de pessoas que perderam tudo.
Dói ver a dor daqueles que perderam familiares!
Mas, no meio de toda a desgraça, é emocionante ver o empenho, a dedicação, o trabalho de todos na recuperação da ilha. Só podia ser na Madeira! É certo que sou suspeita, porque adoptei a Madeira. Mas por que não ver a 'coisa' por outra perspectiva: uma 'cubana' que se rendeu à Madeira! Porque será?
Só quem não conhece aquela ilha maravilhosa, aquela gente maravilhosa, pode fazer certos comentários, como aquele que questiona o dinheiro gasto em 400 metros de estrada, ou a construção nas ribeiras. Será que têm noção do que representa 400 metros de estrada recta da Madeira? Será que têm noção de que a Madeira é uma ilha de vales e ribeiras? Não vale a pena procurar causas e culpados, ou recuperar avisos adivinhatórios!
Gostava de poder dizer que sou madeirense, jardineira do Jardim do Mar! Não sou, e há coisas que não se mudam, mas é isso que sinto!
Tenho orgulho em pertencer àquela ilha!

sábado, outubro 31, 2009

O velhinho da Rua do Carmo

Hoje fui à Baixa. Coisa rara... Por causa do trânsito, por causa do estacionamento, e por causa de coisas como a que vi hoje. Tive de voltar a escrever.
À entrada do parque de estacionamento estava um velhinho sentado. Não pedia nada. Não ostentava aquele de ar de sem abrigo doente só para conseguir uma moeda. Pelo contrário.
Estava simpelsmente sentado, quieto, dissimulando entre as mãos uma caixinha com poucas moedas. Envergonhado. De tal forma era discreto que por instantes duvidei que estivesse ali a pedir esmola. Aproximei-me, tirei duas moedas e dei-lhe. Respondeu-me: "Obrigado minha senhora".
Foi um acto raro da minha parte, confesso. Mas aquele rosto não me saiu da cabeça. Porque aquele não é um drogado, nem um gajo qualquer que vive do redimento mínimo garantido e que não quer trabalhar. É um idoso, como muitos outros deste País, sozinho, doente, quem sabe sem reforma ou com uma reforma miserável. Podia ser meu avô. Por isso, até agora, penitencio-me porque só lhe dei 1,50 euro. No fundo, é a realidade que me incomoda...
Espero que quem vá a Rua do Carmo e encontre o velhinho faça mais do que eu.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Me enganem que eu gosto

O Sócrates não vai à Madeira por "indisponibilidade" de agenda. Já o presidente do Eurojust vem de propósito da Holanda reunir-se com o PGR, numa audiência de "rotina", para apresentar "cumprimentos"... Deve ter arranjado uma viagem mais barata numa agência de um qualquer outlet!

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Maquinações, violações e serviço público

Das duas uma: ou o caso Freeport é uma "criação" da Comunicação Social, ou é verídico e então há violação do segredo de Justiça!
Se há violação de segredo, significa que o que é divulgado é verdade; se é uma "criação", então é tudo mentira e não há violação do segredo de Justiça. As duas não pode ser!

Já não há pachorra para este discurso. Cada vez que os políticos aparecem a contas com a Justiça, a culpa é sempre da comunicação social - excepto quando o visado é um senhor que "anda por aí". Nesse caso tudo é normal para estes grandes democratas e já ninguém se preocupa com o segredo nem fala da capacidade de criação e criatividade desta Comunicação Social que, por azar, é independente - que massada (!).

Quer dizer, nem toda... Há por aí um canal que se diz público, pago por todos nós, que não dá noticias sobre aquela senhora cuja defesa também é paga por todos nós...

Coincidências? Não, certamente o defeito é meu!

sábado, janeiro 31, 2009

Quem controla o Ministério Público?

Um Ministério Público que num dia diz que "todos são iguais perante a Lei" e no outro diz que não se pode interrogar um primeiro-ministro "só para ficar a constar"...
Um Ministério Público que num dia diz que "todos são iguais perante a Lei" e no outro defende rapidez nos processos que envolvem políticos...
Um Ministério Público que diz que não há suspeitos numa ivestigação com três anos um dia depois de ter determinado a realização de buscas...
Um Ministério Público que diz que a pressa é inimiga da perfeição ao mesmo tempo que promete "trabalhar noite e dia" para acelerar um processo e terminá-lo antes das eleições...
Um Ministério Público que se refugia no segredo de Justiça em nome da presunção de inocência do cidadão, ao mesmo tempo que atira o nome de outro cidadão para a praça pública só para distrair a malta...

Que Ministério Público é este? Que Justiça é esta?

Deus me livre deste Ministério Público.

Alcochete 'Jamé'

Nunca as palavras do Lino fizeram tanto sentido.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

A vida por uma janela de avião